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terça-feira, 20 de março de 2012

Supervisão Clínica


Quando lhe peço que me ouça
E você sente que deve fazer alguma coisa
Para resolver os meus problemas
Você está falhando comigo.

Talvez seja por isso que a prece
Funciona para algumas pessoas.
Quando rezamos, não obtemos conselhos
Somos escutados.

Então, por favor, me ouça!
E se você quiser falar, espere alguns minutos até a sua vez
Que eu prometo escutá-lo.

Saber ouvir é um grande desafio. Maior ainda é conter a ansiedade quando queremos falar e não ouvir. Quantas vezes não esperamos nosso parceiro (a) terminar de falar e atropelamos, tentando colocar o nosso ponto de vista. Quantas vezes não cortamos a fala de um amigo querido, colocando um comentário a respeito de nós mesmos?

Saber ouvir é buscar compreender o que se passa com o outro, é muito mais do que escutar e darmos a nossa interpretação. Saber ouvir é cultivar a difícil arte da empatia, que é a habilidade de se colocar no lugar do outro e prestar muita atenção no significado de suas palavras, na maneira como ele transmite, em seu estado emocional, seus limites e conhecimentos; é olhar para os seus olhos, é perguntar se houve dúvida, é evitar interpretar, é buscar não atropelar.

Temos sido deficientes auditivos quando se trata em escutar verdadeiramente aquilo que precisamos ouvir. Trata-se de uma tarefa realmente difícil, pois envolve humildade em reconhecer nossas próprias falhas, em estar aberto para aprender quando no fundo queremos ensinar. Exercitando o ouvir e o falar aprendemos a compreender o outro e assim sermos mais bem compreendidos.
________________________________________________________________________
Este texto foi retirado do site www.noivasecia.com.br, escrito pela psicóloga Karen Camargo, citando um sábio poema de um autor desconhecido, que foi retirado do livro “Falo ou não falo – expressando sentimentos e comunicando idéia” (Conte, F. C. S e Brandão, M. Z. S. 2007. Falo ou não Falo? Expressando sentimentos e comunicando idéias. Londrina: Mecenas)

A tarefa do supervisor clínico é possibilitar ao supervisionando uma reflexão profunda a respeito de sua escuta clínica. Como diz o poeta “saber ouvir é um grande desafio”, sendo assim, a partir de uma visão ampliada, supervisor e supervisionando compreenderão juntos as dificuldades desta arte e os caminhos possíveis para uma boa escuta.

Ainda citando o poeta “saber ouvir é prestar atenção no significado das palavras”. Esses significados que recheiam uma sessão terapêutica serão compartilhados dentro da supervisão clínica com o propósito de ampliar a compreensão do supervisionando a respeito da história de vida de seu cliente, evitando interpretações deterministas.

Juntos, supervisor e supervisionando caminharão em direção ao fenômeno, tão importante em um atendimento de base fenomenológico-existencial.
Mergulhe neste encontro.

Supervisão individual
Supervisão em dupla

Maiores informações: vanessamaichin@gmail.com
Tel. 011/32073694  





3 comentários:

  1. uauu!!!

    sou apenas um apaixonado pela psicologia e estudante de introdução à psicanálise.

    seu texto caiu como bálsamo. parabéns pelo cuidado na seleção e muitíssimo obrigado por compartilhá-lo conosco!

    bjs,

    Tatá

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    Respostas
    1. Olá Tatá, fico feliz que tenha gostado do texto. Quando envolve psicologia, tudo deve ser pensado, falado e refletido de forma cuidadosa, para não cairmos em meras interpretações.
      Um grande abraço,
      Vanessa

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  2. Olá tudo bem?
    Coincidência ou não, hoje pela manhã vi um vídeo que falava sobre empatia e simpatia.
    Achei muito interessante, o vídeo deixa claro à importância de sabermos à diferença entre estas duas palavras.
    Simpatia - você não sente a dor do outro, empatia, nos colocamos no lugar do outro. Saber ouvir, deixar o cliente se expressar é um dom, talentos para poucos.

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