Quando lhe peço que me ouça
E você sente que deve fazer
alguma coisa
Para resolver os meus problemas
Para resolver os meus problemas
Você está falhando comigo.
Talvez seja por isso que a prece
Funciona para algumas pessoas.
Quando rezamos, não obtemos
conselhos
Somos escutados.
Então, por favor, me ouça!
E se você quiser falar, espere
alguns minutos até a sua vez
Que eu prometo escutá-lo.
Saber ouvir é um grande desafio.
Maior ainda é conter a ansiedade quando queremos falar e não ouvir. Quantas
vezes não esperamos nosso parceiro (a) terminar de falar e atropelamos,
tentando colocar o nosso ponto de vista. Quantas vezes não cortamos a fala de
um amigo querido, colocando um comentário a respeito de nós mesmos?
Saber ouvir é buscar compreender
o que se passa com o outro, é muito mais do que escutar e darmos a nossa
interpretação. Saber ouvir é cultivar a difícil arte da empatia, que é a
habilidade de se colocar no lugar do outro e prestar muita atenção no
significado de suas palavras, na maneira como ele transmite, em seu estado
emocional, seus limites e conhecimentos; é olhar para os seus olhos, é
perguntar se houve dúvida, é evitar interpretar, é buscar não atropelar.
Temos sido deficientes auditivos
quando se trata em escutar verdadeiramente aquilo que precisamos ouvir.
Trata-se de uma tarefa realmente difícil, pois envolve humildade em reconhecer
nossas próprias falhas, em estar aberto para aprender quando no fundo queremos
ensinar. Exercitando o ouvir e o falar aprendemos a compreender o outro e assim
sermos mais bem compreendidos.
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Este texto foi retirado do site www.noivasecia.com.br,
escrito pela psicóloga Karen Camargo, citando um sábio poema de um autor
desconhecido, que foi retirado do livro “Falo ou não falo – expressando
sentimentos e comunicando idéia” (Conte, F. C. S e Brandão, M. Z. S. 2007. Falo
ou não Falo? Expressando sentimentos e comunicando idéias. Londrina: Mecenas)
A
tarefa do supervisor clínico é possibilitar ao supervisionando uma reflexão
profunda a respeito de sua escuta clínica. Como diz o poeta “saber ouvir é um
grande desafio”, sendo assim, a partir de uma visão ampliada, supervisor e
supervisionando compreenderão juntos as dificuldades desta arte e os caminhos
possíveis para uma boa escuta.
Ainda
citando o poeta “saber ouvir é prestar atenção no significado das palavras”.
Esses significados que recheiam uma sessão terapêutica serão compartilhados
dentro da supervisão clínica com o propósito de ampliar a compreensão do
supervisionando a respeito da história de vida de seu cliente, evitando
interpretações deterministas.
Juntos,
supervisor e supervisionando caminharão em direção ao fenômeno, tão importante
em um atendimento de base fenomenológico-existencial.
Mergulhe
neste encontro.
Supervisão individual
Supervisão em dupla
Maiores informações: vanessamaichin@gmail.com
Tel. (11) 99568-5158
uauu!!!
ResponderExcluirsou apenas um apaixonado pela psicologia e estudante de introdução à psicanálise.
seu texto caiu como bálsamo. parabéns pelo cuidado na seleção e muitíssimo obrigado por compartilhá-lo conosco!
bjs,
Tatá
Olá Tatá, fico feliz que tenha gostado do texto. Quando envolve psicologia, tudo deve ser pensado, falado e refletido de forma cuidadosa, para não cairmos em meras interpretações.
ExcluirUm grande abraço,
Vanessa
Olá tudo bem?
ResponderExcluirCoincidência ou não, hoje pela manhã vi um vídeo que falava sobre empatia e simpatia.
Achei muito interessante, o vídeo deixa claro à importância de sabermos à diferença entre estas duas palavras.
Simpatia - você não sente a dor do outro, empatia, nos colocamos no lugar do outro. Saber ouvir, deixar o cliente se expressar é um dom, talentos para poucos.